terça-feira, 18 de maio de 2010

E a novidade é.......


"- Agora vamos dar um beijinho de boa noite no mamá?
-Tá! (beijinho de boa noite no mamá)
-Agora vai com o papai. Boa noite amorzinho!"


Sim!!!!! Conseguimos!!! Nada mais de mamá da madrugada, nada mais de noites interrompidas!!

Tá, alguns podem estar pensando " Aff! e essa era a novidade....cada uma que aparece..." . Mas na minha opinião isso é uma baita novidade, motivo para comemoração, Tin-Tin e tudo o mais!

O mais lindo de tudo foi que aconteceu de forma tão natural, sem escândalos, nada de noites de choro, nem de pais descabelados. Nada de olheiras sem fim, criança berrando até "acostumar", nem de grandes traumas (ops, acho melhor deixar para avaliar isso depois da adolescência!! hehe).

Tinhamos suspendido a tentativa de não dar mamá na madrugada depois da crise de laringite da Malu. Avaliamos que seria melhor deixar para depois, esperar ela se recuperar e,principalmente, deixar para começarmos a tentar durante a semana, na rotina normal.

Eis que numa noite resolvi mudar um pouquinho o esquema de preparar a Malu para dormir. Como ela dorme conosco, tinhamos o hábito de colocar a roupa dela no nosso quarto mesmo, mas nas últimas semanas Malu tinha despertado para o fato de que ela tem um quarto, que por sinal é cheio de brinquedos!! O que ela poderia querer mais?!

Resolvi, então, tentar passar a rotina de colocar o pijama no quarto dela. Lembrei também que uma vez a Renata (mãe da Manu e do Gui) tinha me dito que passou a dar de mamá para a filha num lugar específico antes de dormir e depois do mamá colocava ela para dormir. Na verdade o objetivo disso seria desassociar o mamá do dormir.

Foi então que pedi ajuda do maridão e coloquei meu plano em prática. Colocamos o pijama nela no quartinho dela e sentei na caminha dela para dar de mamar. Expliquei para ela que o mamá ia dormir e só acordaria de manhã. Ela mamou até não querer mais, trocou o peito, mamou outro montão e, quando fez que já tinha mamado o suficiente, pedi para ela dar beijinho de boa noite no mamá e ir dormir com o pai.

Toda fofa ela deu o beijinho no mamá e foi. Uns 5 minutos depois volta ele, cheio de orgulho.

Quando fomos dormir ele ficou do lado dela e eu na outra ponta. Ela foi assim até o meio da madrugada, então acordou pedindo o mamá. O pai tentou ajudá-la, nada feito. Fui para o lado dela e falei que o mamá estava dormindo, só acordaria de manhã, aninhei ela nos meus braços e dormimos.

E assim tem sido sempre, na maioria das noites ela não acorda nem uma vezinha. Quando raramente acorda já não pede mais o mamá, só me chama, eu deito ao lado dela e voltamos a dormir. Em algumas vezes, se ela demora para voltar a dormir, eu digo que de manhã o mamá acorda, que agora ele está dormindo e ela dorme.

Quando ela acorda, já de manhã, eu deixo ela mamar a vontade, as vezes ela até adormece de novo. Mas tem dias que eu saio e ela nem acordou, e ai quem sente falta do mamá sou eu...

Estou muito feliz pela maneira como as coisas aconteceram. Não precisei deixar ela chorando, não tive que sair do quarto, nem tomar nenhuma atitude drástica, que eu acabaria tomando se não conseguisse esse feito, porque acordar 10 vezes por noite estava realmente me enlouquecendo!

Fico muito feliz também de ver que Malu ainda quer mamar, e que eu ainda curto muito que ela mame, só não curtia acordar mil vezes á noite.

Estamos a duas semanas nessa modificação e até agora tudo vem dando super certo.

O maior aprendizado para mim foi que a gente pode saber muito, pesquisar ao máximo, pedir mil dicas e etc. Mas tudo isso só vira uma coisa só, com início, meio e fim, quando chega o tempo certo, quando conseguimos perceber nossos filhos e a nós mesmas e aproveitamos a janela que se abre para as novas experiências.

Eu já sabia a dica da Renata de dar de mamar num lugar diferente há muito tempo, já tinha lido que podia desassociar o ato de sugar com o sono para facilitar as coisas, sabia qua nesse momento era importante que o pai entrasse com garra e se apropriasse desse espaço, também sabia que falar para ela o que ia acontecer também facilitaria... Mas nada disso fazia sentido até semanas atrás!!!!

Um dia tudo se juntou e fez sentido, fez tanto sentido que foi, e ainda está sendo, super tranquilo, tanto para Malu como para a gente.

Percebos a nossa "janela" e aproveitamos a bela paisagem que ela nos deu!

Bom, esse foi o nosso momento, e estou muito feliz que tenha sido assim. Agora só me resta um "probleminha"....

Como faço para que o marido não durma TODA VEZ que vai colocar a gatinha na cama????? Ai, ai, ai, nem tudo é perfeito!!!!! hahaha

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Meu primeiro selinho!!!!!


Mulherada,

tô tão feliz!!!!!!!

Ganhei meu PRIMEIRO SELINHO!!!!!!!

Gente, fiquei tão feliz! Acho tão lindo todo esse movimento de Blogs!

E meu primeiro seinho veio de uma amiga antiga aqui da internet, companheira de barriga e mãe da fofíssima Manu. O selinho veio do maravilhoso Blog da Mariane, o Crescendo com a Manu .

Não sei bem como devo fazer agora, então vou redistribuir o selinho, mas nem sei bem a quantos blogs devo enviar... hehe

1ºvou dar para minha querida amiga Roberta do Piscar de Olhos . Seu blog é absolutamente o MÁXIMO, super divertido e cheio de atitude, igual a dona.

2º Vai para o novíssimo Maternagem sabor Baunilha . Que já veio mostrando atitude.

3º Para o maravilhoso e consciente Ombudsmãe .

4º vai para o Crianças na cozinha, que me ajuda muito no dia-a-dia com minha filha e sua variedade alimentar.

5º para o Blog Braços de polvo e coração de manteiga que eu AMOOOOOOOO!!!! Acho a Beta maravilhosa e adoro lê-la compartilhar suas histórias de maternidade. Um super exemplo de quem lutou muito para amamentar sua filha, por exemplo!!!


Bom meninas, acho que fiz tudo certinho, né?


BJs, Bjs, Bjs

ps.Tenho uma super notícia para contar, mas vamos deixar para o próximo post!!! hehe

terça-feira, 11 de maio de 2010

Às mães que aparecem no nosso caminho!

HOje, passado o dia das mães, me vi pensando nas outras mães, aquelas que não chamamos diretamento com a palavrinha de 3 letras.

No meu próprio caminho elas foram várias e ainda muitas vão aparecer.

Minha avó foi uma delas. Presente na minha rotina, no meu crescimento. Estava sempre ali, para brincar, dar comida, chamar para fazer o dever, levar para viajar nas férias, bater perna no centro atrás de fantasia, esconder aquela arte da minha mãe...

Outras muitas vieram. Minha madrasta, sempre ali, um apoio certo e firme, minha ex-terapeuta, que me apoiou e foi meu porto seguro tantas vezes, minha professora de faculdade Alexandra Tsallis, que mostrou que o amor também poderia ser um objetivo profissional, minha grande amiga e parceira de vida, Claudia, minha tia Bia, que segura tanto a minha barra com a Malu, e ainda vai segurar, hein!!! hehe

São tantas mães que apareceram na minha vida que se eu tentar falar de todas não vou conseguir.

Porém, queria agradecer aqui àquelas Fadas-Mães, que possibilitam que sejamos mães de nossos filho, que sejamos cada dia mães melhores!

Minha querida parteira Heloisa Lessa, que tem que ser muito mãe para estar ali, presente, horas a fio, o momento que for. Que aguenta nos ver sofrer como aquelas mães que sabem que nem sempre o mais fácil é o melhor. Que aquece inúmeras bolsas de água quente com a mesma dedicação. Que atende o celular a hora que for e corre ao nosso chamado. Que massageia nossa vagina para amparar nosso filhos, que sente nossos odores (de coco inclusive! É galera, ossos do ofício!), que nos toca no mais íntimo, como só nossas mães se dispõem a fazer.

As maravilhosas pessoas que trabalham com apoio a amamentação (onde eu me encaixo também!)e que nos ajudam nessa árdua e maravilhosa tarefa de nutrir nossos filhos de corpo e alma. Porque só quem já teve o seio rachado, ou empedrado, quem já teve mastite ou baixa produçao, entre tantas outras dificuldades, sabe o valor que uma ajuda tem nessas horas!

Aos pediatras, ligados 24hrs por dia, para atender as nossas dúvidas mais loucas e nossos medos mais profundos!

E as maravilhosas mães, que se dispõem a ajudar outras tantas mães a serem melhores e assim, podendo crescer mais ainda. Aqui estão tantas mães maravilhosas que conheci na nossa Blogesfera Mamífera e na lista BestBaby. Mulheres cheias de fibra e incertezas, que apoiam e se apoiam, que ensinam e aprendem, e que sempre são capazes de compreender as questões de uma mãe!

A todas vocês, que mesmo não sendo minha mãe biológica, em algum momento foram minhas MÃES !! (Ou ainda são, né?)

Vou deixar aqui um videozinho Lindo que encontrei no Blog da minha amiga Fabíola .

Espero que vocês curtam tanto quanto eu!!

Bjs

domingo, 9 de maio de 2010

FELIZ DIA DAS MÃES!!!!!!

Nesse dia das mães quis fazer uma homenagem a um momento que eu e minha filha dividimos diáriamente.

Acredito que a amamentação nos aproximou enormemente, sendo mais uma ferramenta para fortalecer o nosso vínculo.

Porém, amamentar não é só alegria. Tem dias que estou cansada, doente, muito ocupada com outras coisas, ou que estou simplesmente precisando dormir e,nessas horas, amamentar é um SACO!!! Verdade, estou sendo muito sincera!

Mas em compensação.... tem momentos tão gostosos, de tanta entrega, relaxamento, amor... Quando parecemos ser uma só, quando ela solta um sorriso, quando ela olha toda feliz e pede mamá, são tantas alegrias que neutralizam o cansaço.

Acho que tudo na vida é assim, tem dois lados, e quando estamos com saldo positivo é sinal de que estamos curtindo muito.

Vou deixar para vocês um pouquinho do que tem sido nossa relação com a amamentação durante esses 18 meses!!!


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Os bebês indianos e a "vaquinha" !

Bom, depois de juntar os meus cacos após o último post, estou aqui novamente!! (eu ouvi um EBA! por ai? Hein, hein?)

Ontem aproveitei que a baixinha dormiu cedo e fui estudar um pouco, o Dani também foi dormir e eu deixei a TV ligada, pois só Deus sabe a sensação de liberdade de uma mãe ao poder escolher o que quer assistir na TV - e estar acordada para compreender o que se passa.

Sabe como é, domingo à noite, nada de bom passando... até que Tcharam!!!! Começou um Documentário no GNT. Eu AMO documentário e, para melhorar, era sobre maternidade, não tive como me conter e fui assistir.

Era um documentário sobre barrigas de aluguel na Índia.

A pouco tempo havia rolado numa lista que participo uma discussão sobre barrigas de aluguel, muitas mulheres falaram que aceitariam sem pensar duas vezes gerar um bebê de alguém, que achariam maravilhoso parir por si só, sem ter o bebê no final. Eu, que nunca havia pensado muito no assunto resolvi assistir.

O documentário era de 2009, SUPER ATUAL!!!

A história que ele contava era a seguinte: A Índia anda despontando como "mercado de bebês" devido ao baixo custo de, digamos, produção e a legislações que facilitavam todos os tramites para o registro dos bebês.

O documentário mostrava que com apenas 20 mil dollares era possível "produzir" um bebê na Índia. Segundo eles, nos EUA o custo de uma barriga de aluguel não sairia por menos de 150 mil dollares!!!!!!! Por isso, a Índia estava sendo procurada por Americanos, Europeu, Japoneses e, inclusive, Indianos.

Os futuros pais entram em contato pela internet com a clínica, que seleciona a mãe que irá gestar o seu bebê (existe a opção de usar um óvulo doado ou da "compradora"). Você vai até à Índia, recolhe seu esperma e óvulo, faz a fecundação in vitro e implanta na caixa de correio, digo, no útero "alugado". A partir dai a vida continua. Os pais biológicos voltam para suas vidas e o "útero alugado" tem a opção de morar num albergue de "úteros alugados" para que a comunidade não saiba que a mulher está gerando um bebê que não é dela e não seja tratada como uma prostituta.

Enquanto moram no albergue, os "úteros alugados" dormem em quartos compartilhados com o mínimo de higiene básica, e recebe 20 dollares por mês!!!! Se tudo der certo e o "útero alugado" conseguir gestar um bebezinho que sobreviva, recebe 5 mil dollares. Porém.... se o "útero alugado" perder seu inquilino antes da hora e ele não sobreviver, ou se o "útero alugado" sucumbir e falecer, nada de 5 mil dollares galera!

E então, a compradora, digo, a mãe biológica, se tudo der certo, é indagada sobre qual dia ela quer que o filho nasça e então é feita a cesariana.

À dona do négocio resta lucrar em cima da miséria alheia, alegando que "ter filhos é o papel da mulher na sociedade e o que estas mães fazem é possibilitar que o milagre da maternidade alcance àquelas que não podem gestar seus bebês. Que elas se sentem realizadas por poderem ajudar outras mulheres e que o dinheiro irá mudar a vida delas ( o que deve ser verdade em se tratando de miséria absoluta)."

Ao "útero alugado" resta chorar a dor do filho perdido, a vergonha de ter se vendido por dinheiro, a geladeira cheia por um ano (àquelas que tem geladeira, claro) a recuperação dolorosa da cesárea, o seio estourando de leite e o vazio no peito.

À compradora resta um lindo bebê rosado e de olhos azuis gerado por uma indiana. Resta a felicidade pela chegada do filho e as indagações (daquelas minimamente conscientes) sobre como lidar com esta história.

E ao produto, o que lhe resta? Imagina passar todo o seu desenvolvimento escutando alguém falar com você com uma língua, sentindo aqueles sentimentos, saboreando aquelas comidas, cantando e dançando naquela cultura e de repente.... Plin! Tudo muda.

A exploração da pobreza nos leva a extremos.

A Mãe Norte Americana que aparece no documentário usava um sling que custou mais do que o que foi gasto para manter o útero que gestou seu próprio filho. Será que ela sabe disso? Será que ela se importa com isso? Será que esses míseros 20 dollares eram suficientes para gestar seu filho com saúde, com uma boa nutrição?

Havia também um certo estátus dentro do albergue de "úteros". Tinham aquelas que gestavam bebês Europeus, e aquelas que gestavam bebês Indianos. Haviam aquelas que viviam disso, e a que usou o dinheiro para comprar um taxi para o marido, que hoje já tem dois e mudou o futuro da familia.

Fiquei me questionando, qual será a língua materna desse bebê? Quem será sua figura de mãe? Quais serão as experiências que ele reconhecerá como acolhedoras? Qual a energia que o gerou? Como se sentiu esse "útero alugado", e que emoções esse bebê recebeu?

E ai comecei a pensar no que valorizamos hoje como maternidade. Será que valhe tudo para termos um bebê com nossa carga genética? Será que o dinheiro pode comprar tudo, inclusive a maternidade? Será que valhe tudo para nos sentirmos mães? Será que o estado de miséria permite tudo, e que qualquer negócio é jogo para aquele que nada tem?

E ai lembrei da Bruxa do 71, ou melhor, da promotora que estava em processo de adoção da menina de 2 anos. Imagino o que pensou cada um dos responsáveis pela autorização de adoção da menina, algo como: Essa menina ganhou a sorte grande, será adotada por uma promotora que mora em Ipanema, poderá conviver com alguém que minimamente valorizou os estudos, tem condições financeiras para manter a menina muito bem... Sei lá, posso imaginar mil motivos que os fizeram pensar que aquilo era sorte grande. E então acontece o que aconteceu....

De novo a miséria foi explorada, a menina pobre seria a nova Cinderella, nas mãos da madrasta má.